Para os/as pós-graduandos, 2023 iniciou com ótimas expectativas. Após as intensas lutas que travamos no final do último ano e a derrota de Bolsonaro nas urnas, esperávamos iniciar esse novo período com importantes mudanças, como com o reajuste das bolsas de pesquisa no nosso país, que já cansamos de recitar que está há quase 10 anos sem correção no seu valor. Até tivemos acenos nesse sentido por parte do Governo Federal, mas que por diversos hesites, não se concretizou, apesar da promessa de que ocorreria até o fim de janeiro.

MENOS RECUAMENTO, MAIS MOBILIZAÇÃO - REAJUSTE JÁ!

Para os/as pós-graduandos, 2023 iniciou com ótimas expectativas. Após as intensas lutas que travamos no final do último ano e a derrota de Bolsonaro nas urnas, esperávamos iniciar esse novo período com importantes mudanças, como com o reajuste das bolsas de pesquisa no nosso país, que já cansamos de recitar que está há quase 10 anos sem correção no seu valor. Até tivemos acenos nesse sentido por parte do Governo Federal, mas que por diversos hesites, não se concretizou, apesar da promessa de que ocorreria até o fim de janeiro.

 

 

Ajude a compartilhar esta carta dentre nossos pares pesquisadores(as): https://www.instagram.com/p/CoSWKY1LdRb/

 

Para os/as pós-graduandos, 2023 iniciou com ótimas expectativas. Após as intensas lutas que travamos no final do último ano e a derrota de Bolsonaro nas urnas, esperávamos iniciar esse novo período com importantes mudanças, como com o reajuste das bolsas de pesquisa no nosso país, que já cansamos de recitar que está há quase 10 anos sem correção no seu valor. Até tivemos acenos nesse sentido por parte do Governo Federal, mas que por diversos hesites, não se concretizou, apesar da promessa de que ocorreria até o fim de janeiro.

O pós-graduando tem razão de sua impaciência. Após um período conturbado que tivemos, da grande repercussão de nossa situação alarmante e dos golpes que recebemos já no fim do último governo, estávamos esperançosos de que já no início de 2023 poderíamos contar com o mais básico da nossa necessária valorização – uma bolsa com valor digno, do tamanho do trabalho que realizamos cotidianamente em diversas frentes para o Estado brasileiro. Portanto, não se trata de caprichos ou corporativismo, mas de uma urgência, pois já não há condições reais de continuarmos nosso trabalho com uma remuneração que não corresponde nem de longe a nossas necessidades, principalmente materiais.

Muitas são as desculpas, dentre elas a de que o novo governo não recebeu suficiente dados do anterior para conseguir dar celeridade nessa demanda. Hoje sequer temos previsão de quando ocorrerá o reajuste – já noticiam que irá ocorrer até o fim do semestre. Mas isso já não era de conhecimento do conjunto da administração desde a transição, no qual as equipes tiveram a oportunidade de fazer uma grande análise governamental a partir das informações prestadas? Isso já não daria suprimentos para que tivéssemos prazos concretos e que o governo não jogasse com nossos anseios? A repercussão de nossa recente peleja já não deveria ser objeto de atenção, desde antes da assunção do novo governo?

Por isso, é fundamental que mantenhamos o estado de mobilização real, tal como a importante luta que travamos de maneira unitária em relação aos recentes cortes às bolsas CAPES no fim de 2022. A nossa defesa intransigível pelas liberdades democráticas, que seguem ameaçadas pela horda bolsonarista, não pode obstruir que nosso movimento se mantenha coerente com a nossa luta e independente ao governo. Perderemos muito se mantivermos essa posição de recuo que tem imperado em nossa entidade nacional de representação, a ANPG, na qual se vê acenos e homenagens ao governo, mas pouco chamado real a uma luta que reverta esse quadro hostil para os/as pesquisadores/as no Brasil. Quando o fazem, trata-se muito mais de uma teatralidade, do que realmente um compromisso combativo com os milhares de pós-graduandos Brasil afora. Assim, precisamos de menos recuamento e mais mobilização, para além das redes sociais e de abaixo-assinados, este último que apenas diminui a uma folha de papel a vontade de mudança de milhares de pós-graduandos.

Precisamos voltar a pararmos em uma DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO PELO REAJUSTE DAS BOLSAS DE PESQUISA, que novamente pare a pós-graduação com a exigência de respeito, valorização, direitos e dignidade, através do REAJUSTE IMEDIATO das bolsas de mestrado, doutorado e demais bolsas de incentivos à pesquisa e à formação. Com isso, esperamos que o Governo saiba, através da luta, que não aceitaremos nenhum descaso.

 

 

Associação de Pós-Graduandas/os da Universidade Federal de Goiás

05 de fevereiro de 2023

 

Categorias: reajuste Bolsas