
Nota da APG-UFG em repúdio ao atraso e irregularidade dos pagamentos da bolsa FAPEG
A Associação de Pós-Graduandes da Universidade Federal de Goiás vem por meio desta manifestar repúdio ao atraso no pagamento aos pesquisadores goianos das bolsas de pesquisa fornecidas pela FAPEG - Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás
Desde a posse da atual gestão, a APG vem recebendo inúmeras reclamações de pesquisadores e pesquisadoras da UFG que são beneficiárias das bolsas FAPEG pela dificuldade de obter respostas e solucionar problemas, pela irregularidade nas datas dos pagamentos, pela demora em meses para a liberação dos pagamentos após a contemplação, além da abertura de novos editais mesmo com não contemplação de aprovados em editais anteriores.
Nesse sentido, a gestão Consciência para ter coragem da APG endereçou uma carta à direção da FAPEG, no dia 20 de dezembro de 2021, apresentando as demandas, reivindicações e solicitando uma reunião, para a qual até o momento não obteve resposta.
Neste mês a situação se repete, as bolsas ainda não foram pagas e segundo informado pela FAPEG, não há previsão para tal, pois está pendente a liberação da verba pela Secretaria de Economia do Estado de Goiás.
Sabemos que as bolsas de pós-graduação são, em geral, a única fonte de renda de pesquisadores, se tratando, portanto, de verba alimentícia essencial e básica para quem as recebe. A FAPEG, como outras agências de fomento à pesquisa, impõe severas vedações de acumulação de atividades, impedindo pós-graduandos de trabalhar na vigência das bolsas, muitas vezes, mesmo na própria área de pesquisa. Sendo assim, é a única renda dos discentes, sobretudo na pandemia da Covid-19, que agravou o cenário de vulnerabilidade financeira, insegurança alimentar, além da inflação, que tem tornado as bolsas cada vez mais insuficientes, não tendo sido reajustadas há tempos.
Por isso, a APG-UFG vem demonstrar sua insatisfação com o descaso na regularidade dos pagamentos das bolsas, com datas incertas, e especialmente com a demora neste mês de janeiro e solicita ao governo do estado e à FAPEG a normalização definitiva do problema. Falta planejamento ativo e preocupado com a realidade da/os pós-graduandas/os goianas/os, valorização das/dos cientistas, além de reconhecimento da importância das pesquisas.
Aproveitamos para nos colocar à disposição do diálogo e ação para breve e melhor solução destes problemas.
Goiânia, 17 de janeiro de 2022
Associação de Pós-Graduandes da Universidade Federal de Goiás
Reivindicações enviadas à FAPEG
a) Que haja prorrogação automática por no mínimo 6 meses de todas as bolsas concedidas durante o período de pandemia e as anteriores, tendo em vista os empecilhos causados à realização das pesquisas devido à necessidade de restrições sanitárias;
b) Que haja aumento no valor das bolsas como medida de reajuste devido à inflação e como forma de valorização do trabalho desempenhado pelos pesquisadores e pesquisadoras de Goiás;
c) Que haja regularidade na data do pagamento das bolsas, de preferência até o quinto dia útil do mês, e que após a contemplação não demore o início dos pagamentos;
d) Que as/os classificadas/os e aprovadas/os para o recebimento das bolsas sejam devidamente contempladas/os;
e) Que os canais de comunicação oficiais e de atendimento sejam potencializados, para proporcionar maior acesso à informação aos pesquisadores e pesquisadoras;
f) Que deixe de ser descontada a taxa de R$10,00 (dez reais) pela transação financeira, tendo em vista que atualmente a maioria das transações bancárias já pode ser realizada de forma gratuita.
g) A revogação imediata da proibição do exercício da docência e de outras atividades correlatas com a área de atuação e pesquisa da/do bolsista.